terça-feira, 16 de maio de 2017
Quem está correto?
Ultimamente ando confundindo algumas coisas. Será? Estou no processo de degeneração nas construções racionais de pensamento? As sinapses cerebrais estão definhando? Nada disso ocorre. Ocorreram fatos considerados inverdades, inadequadas. Falando corretamente, sofisma é a palavra correta.
Sou daquele tempo que o homem nascia de carne e osso com o cérebro em potencial. Na vida, a educação prepara o homem para a vida. A gente estuda e vida ensina, você constrói raciocínio, conhecimento, saber, conjunto de valores, o que é correto e errado, o que é verdade e inverdade. Esses princípios foram colocados em turbulência, penso eu.
Eu aprendi a respeitar o homem, ainda mais, o homem em ofício de Estado. Onde se viu, no meu tempo, falo quando eu tinha 5 anos e idade de educando, a professora era figura que recebia tratamento respeitoso, o vigário, o monge eram autoridades religiosas merecedoras de atenção nas suas palavras e pregações, o prefeito era autoridade, por aí vai. Eu não tive experiência ainda, não fui procurado por Oficial de Justiça, não fui interrogado pela Polícia, Ministério Público, Juiz. Essas pessoas exercem ofício de Estado, não trabalham em ambiente onde existe subordinação hierárquica ou social, eles representam o Estado para aplicação da Lei. Na outra parte, qualquer que seja a pessoa, é apenas o senhor ou a senhora. Ainda, bem próximo de receber os corretivos previstos em normas civilizatórias pois, ao chegar neste ponto, o senhor ou a senhora vem pelo menos com uma suspeição relevante, as pessoas normais não passam por aqui.
Observei nas arguições processuais, tais como, responder com palavras jocosas, devolver a pergunta para o interrogador como ele fosse a autoridade, referir às autoridades em ofícios de Estado com menosprezo ou diminuição, proferir palavrões parecidos àqueles de boteco. Dizer que se Executivo for novamente mandaria prender as autoridades constituídas, esquecendo que para se prender alguém, normalmente, se faz em consonância a um rito processual, culpar os meios de comunicação como elaboradora de fatos fictícios acusatórios, não sabe que o país parou para assistir, ler em quatro cantos matérias pertinentes ao assunto vergonhoso, será que todos estão criando factoides, país está parado, falando, noticiando o fato em si da atitude não republicana de certa pessoa ou grupo com as suas repercussões. Não bastando os limites do território do coitado Brasil, a abrangência do mau comportamento atinge mais de duas dezenas de países, ramificações parecem ocorrer com as mesmas práticas do mesmo grupo, aqui o processo já chega no cacique. Oxalá, uma parte das nossas INSTITUIÇÕES continuam funcionando.
Você eleitor, você é um responsável desse quadro, sabe por que? Esse quase estadista chegou ao cargo pelo VOTO. Ainda bem, aqui está a democracia. Nós entregamos o cheque em branco. Portanto, nós eleitores precisamos aperfeiçoar o nosso voto? Inclusive, precisamos exercer o papel de pedagogo, ensinar àqueles necessitados a entender o valor do seu voto.
Termino o texto com duas frases: “Só sei que nada sei, falava Sócrates”, “Só sei que não sei de nada, falou assim ...”
(Kawano, y. SP, 16.05.2017)
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